domingo, 11 de março de 2012

Fiebig ensina a disciplina milenar para crianças de projetos sociais

Arte marcial milenar, o judô é praticado por aqueles que buscam fortalecer o físico, a mente e o espírito e desenvolver técnicas de defesa pessoal. Exige disciplina, concentração, autocontrole e muito treino.
 Por meio da prática do judô, os alunos de aprimoraram técnicas de equilíbrio corporal, disciplina e segurança. Elton Fiebig conhece todos estes fundamentos com sobras. Sensei com vasta bagagem, tendo morado no Japão, berço da modalidade, e convivido com grandes feras do judô brasileiro como Aurélio Miguel, Tiago Camilo, Edinanci Silva, entre outros, Fiebig já está radicado em Poços de Caldas há algum tempo. Na cidade ele tem revelado vários talentos e mantido um grande número de alunos em diversas escolas da cidade. Fiebig, no entanto vai além. Através do Projeto Judô Móvel, aprovado pela Lei de Incentivo ao Esporte, ele tem levado a arte marcial para as crianças do Lar Criança Feliz, que ainda não teve início este ano, e da Escola Municipal Mariquinhas Brochado, no Parque Pinheiros.
O Projeto Judô Móvel teve sua primeira edição em Poços de Caldas em 2009. No primeiro ano apenas no Lar Criança Feliz acontecia as atividades. A escola Mariquinhas Brochado começou a fazer parte o projeto ano passado, quando Elton Fiebig atendeu pedido do Professor Marcelo Bocoli, diretor da escola na época. O projeto inicialmente era realizado apenas no período noturno. Num trabalho voluntário, que visava atrair mais gente para o esporte, o projeto foi ganhado corpo e cada vez mais adeptos. Com o aumento da procura, o Judô Móvel passou a ser realizado em dois horários. Atualmente 80 alunos da Mariquinhas Brochado fazem parte do projeto. “Ainda não estamos trabalhando nas condições que gostaríamos. Hoje estamos debaixo de sol e sem quimonos, mas esperamos, que com o apoio da Lei de Incentivo, logo vamos receber a verba para comprar o material que precisamos para dar continuidade ao projeto”, conta o sensei. Fiebig acredita que o ambiente escolar possibilita facilidade em praticas esportivas. “Na escola você encontra matéria prima não só para o judô, como para a prática de tudo quanto é esporte. Aqui, pela quantidade, certamente vai ter alguém que vai se destacar e  dar continuidade levando o esporte a sério. A região é carente de atividades e tirando a escola, pouco oferece. Assim, nosso projeto foi uma opção de trazer o esporte e estar contribuindo com a população desta parte da cidade nos dias da semana”, disse Fiebig. A região conta com o Sest-Senat, porém o local só é aberto para as atividades de lazer aos finais de semana.
A diretora da escola, Silvia Rezende de Melo aprova a iniciativa do projeto Judô Móvel. “Eu particularmente acho o projeto maravilhoso. A filosofia do judô é ter disciplina, bom comportamento, saber lidar com a força.  Todos estão amando fazer o judô e a aceitação está sendo maravilhosa”, disse a diretora, A escola tem tradição na área esportiva. “Alguns alunos foram descobertos aqui em outras modalidades esportivas e chegaram a representar a cidade em diversas competições, disse Ela. Existe a possibilidade dos alunos da escola fazerem parte de um projeto de atletismo. “Um professor nos procurou e estamos aguardando sua volta para saber se vamos implantar também este esporte para os alunos”, finalizou a Silvia.
A prática do judô entre os alunos da Mariquinhas Brochado tem toda aprovação dos pais. A maioria acompanha de perto as aulas de Elton Fiebig no pátio da escola. “É uma iniciativa sensacional que complementa a atividade escolar e ajuda a melhorar o rendimento deles na sala de aula. Minha filha está adorando e nos dias do judô fica muito ansiosa”, disse Wesley Oliveira da Silva, pai da pequena Wendellin, de oito anos de idade. Iago é outro aluno que conta os dias esperando pelas aulas de Elton Fiebig. Para a mãe do garoto, a iniciativa deveria existir em todas as escolas da cidade, pois os benefícios são imensos na vida dos alunos. “Hoje as crianças querem mais é ficar na rua fazendo bagunça e a maioria dos pais não ligam muito para isto. Com este projeto, o Iago tem uma atividade muito boa e eu estou gostando muito da participação dele no projeto” disse Sirlene Fátima Pereira Silva. Além do filho ela levou outras cinco crianças para fazerem parte do projeto. “Eles gostam de ficar na rua e por isto achei melhor trazer eles para cá. Aqui eles vão aprender um esporte que será muito bom na vida deles”, disse Sirlene.

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